O mais novo, desafiador e instigante ramo da impressão 3D é a Bioimpressão, que tem como principal objetivo imprimir tecidos e até mesmo órgãos humanos com biomaterial.
Recentemente descobriu-se que o jateamento de células vivas através de máquinas de impressão 3D poderia ser uma realidade, pois não danificava as mesmas. A partir disso começou uma série de estudos a respeito de como utilizar esta tecnologia para a reprodução de órgãos e tecidos funcionais.
Aplicações
Ainda é uma tecnologia em desenvolvimento, porém seus benefícios podem ser revolucionários, como por exemplo, suprir a falta de órgãos para doação e, também, de produzir órgãos específicos e compatíveis para quem tiver que recebê-los, ou seja, a própria questão da rejeição de órgãos poderia ser solucionada.
Outra importante aplicação, a qual já está ocorrendo enquanto você lê a matéria, é o teste de drogas e medicamentos em tecidos produzidos artificialmente pela impressão 3D. Essa tecnologia também é revolucionária, pois torna possível o teste em massa de novos medicamentos sem precisar de cobaia humana ou animal.
A metodologia utilizada pode variar um pouco, mas em geral a impressão ocorre seguindo os mesmos princípios da impressão 3D (construção camada por camada), porém, o material de impressão é substituído por uma biotinta feita a partir de células-tronco. Esse tanque contendo o material de impressão é, então, espremido por uma pipeta guiada por computador para criar um tecido vivo artificial.
O que já se foi capaz de produzir com a tecnologia.
Em 2020, um centro de pesquisa Australiano produziu rins em miniatura que foram testados e aparentaram ser funcionais. Embora esses rins bioimpressos sejam do tamanho de uma unha, foram impressos com riqueza de detalhes, contendo estruturas semelhantes à de um rim real, incluindo as estruturas de filtragem chamadas néfrons. Os rins já foram usados por pesquisadores para rastrear a toxicidade de uma classe de drogas conhecidas por causar danos renais.
Outro exemplo muito interessante aconteceu em Israel, aonde se chegou ao que é considerado até hoje o maior avanço da bioimpressão. Cientistas israelenses foram capazes de produzir um coração humano com vasos sanguíneos em miniatura. Apesar dos custos enormes para essa produção, prevê-se que esse pode ser um ponto de virada para a medicina e a ciência em geral.
Embora o coração produzido ainda não seja capaz de bombear sangue, ele já é capaz de fazer pequenas contrações, evidenciando o avanço da tecnologia.
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