Você com certeza já ouviu falar em impressora 3D. A tecnologia de impressão tridimensional é como ficou conhecida popularmente a manufatura aditiva. Esta, por sua vez, é a nomenclatura genérica atribuída à manufatura digital por adição. Empresas de diversos setores do mercado já aderiram à revolução da tecnologia e segundo relatório da Wohlers Associates, estima-se um crescimento de 31% ao ano da manufatura aditiva entre o período de 2014 a 2020.
Esse crescimento se justifica pelas diversas possibilidades que a tecnologia promove em diferentes áreas, tais como robótica, indústria, medicina, publicidade, culinária, ou arte. As impressoras 3D permitem a criação de próteses, artérias, cartilagem, órgãos para transplante, protótipos diversos, objetos de decoração, casas, até mesmo alimentos e os resultados dependem da matéria-prima utilizada, tendo a produção evoluído conforme os anos. Você pode ler o artigo que escrevemos sobre história e evolução da impressão 3D aqui. (colocar o link para o texto)
Mas Afinal, Como Funciona a Manufatura Aditiva?
Um dos pilares da Indústria 4.0, a manufatura aditiva é um grupo de tecnologias para fabricação digital de objetos físicos a partir de um modelo digital. Os objetos são desenvolvidos primeiro digitalmente, através de um software de desenho tridimensional e depois impressos a partir da matéria-prima necessária para compor o produto, adicionando camada por camada, uma sob a outra, até o objeto chegar à sua forma final. As matérias-primas mais populares são plástico, cerâmica e metal, mas existem outros tipos de insumo.
Tipos de Tecnologia na Manufatura Aditiva
Existe uma variedade de tecnologias de impressão 3D, com diferentes especificações e atendendo às diferentes necessidades produção. As mais difundidas são SLA, SLS e FDM, representando juntas 95% do mercado.
As principais especificidades de cada uma são:
SLA – Foi a primeira tecnologia de impressão 3D desenvolvida. Utiliza resina fotopolimerizante como material e através de um feixe de luz ultravioleta (UV), faz a solidificação camada por camada do objeto. É umas das técnicas mais precisas, permitindo um produto final com detalhes mais ricos e superfícies mais lisas.
SLS – A técnica SLS (Sinterização Seletiva a Laser) utiliza um laser de alta potência para sinterizar (unir as partículas de pó) o insumo, camada por camada, até formar o objeto. O insumo utilizado é um pó, podendo ser de polímero ou metal.
FDM – Modelagem por Fusão e Deposição (também conhecida pela sigla FFF – Fused Filament Fabrication) é a tecnologia mais acessível em impressão 3D. Basicamente esta derrete o filamento de plástico e acrescenta as camadas, com alta precisão e detalhes, formando o produto final.
Manufatura Aditiva versus Manufatura Subtrativa
A manufatura subtrativa também é uma tecnologia de fabricação digital, contudo, seu processo é diferente, pois, como o próprio nome sugere, trabalha com um bloco maciço de matéria-prima e remove parcialmente o material até chegar ao resultado final. Explicando em uma analogia: é como esculpir um bloco de mármore.
Os equipamentos de manufatura subtrativa são conhecidos como máquinas CNC (Controle Numérico Computadorizado) e suas técnicas principais são torneamento, retificação, eletroerosão e fresagem. É uma tecnologia mais complexa e com um custo mais alto comparado à manufatura aditiva.
As principais diferenças entre as duas técnicas são:
Manufatura Aditiva – Peças com detalhes e geometrias complexas, ocas ou com estruturas internas. Recomendada para artigos personalizados, produção em pequenos lotes ou desenvolvimento de protótipos rápidos.
Manufatura Subtrativa – Para peças mais resistentes e trabalha bem com metais. Apesar de ter um custo mais elevado, trabalha bem tanto para prototipagem, quanto para produção em larga escala.
Vantagens ao Adotar a Manufatura Aditiva
As empresas que adotam essa tecnologia de fabricação digital podem obter
● Sustentabilidade: Reaproveitamento de material, redução de resíduos e consumo de energia.
● Melhores resultados: Maior facilidade para desenvolver objetos com geometria complexa e possibilidade de correção rápida de defeitos antes da finalização do produto.
● Aumento da produtividade: Rápido desenvolvimento de produto com maior número de protótipos testados em menos tempo.
● Customização: Produtos personalizados ao gosto pessoal ou de acordo com as necessidades.
● Baixo custo: O custo de produção é muito menor ao da indústria tradicional, possibilitando a confecção de uma única unidade ou pequenas quantidades.
A impressão 3D já revolucionou muito a ciência, indústria e medicina, causou impacto em outras áreas, mas ainda está apenas no começo. Essa tecnologia tem se popularizado no mundo todo e promete trazer facilidade e mais inovações nos próximos anos para a Indústria 4.0.